Leu porque quis, não me encha o saco.
segunda-feira, julho 25, 2005
terça-feira, julho 12, 2005
"my so called wildlife" ou" o dia que o butchers acabou" ou ainda "o dia que eu me desquitei do zé celso do rock" ou talvez "o dia que eu finalmente cansei" - for those about to rock, open your heart to me
Anteontem Gabi Sampaio foi em casa cozinhar. Como é bom ter amigos chefs. Risoto de brie com pêra e risoto de gorgonzola com damasco. Sim, um strike, fui dormir explodindo. Pesadelos, sonhei de novo com aquela maldita casa imensa que eu sempre sonho cheia de cômodos e escadas, acho que tem um pouco a ver com o Madre Alix. Sei lá, dessa vez passei por cômodos novos. Bom, acordei atrasado. Tinha que ir no Bank Boston pra depositar o dinheiro que estão me cobrando há meses, me mandam telegramas todos os dias. Já nem abro, vão direto pro lixo. Devo não nego, pago quando puder. Tomei banho, puta frio, tive aquela crise de rinite rápida. Tive crises de consciência e pensei em voltar pra academia mas não, não vou mais dar dinheiro pra academia filadaputa nenhuma. Fui me trocar, peguei uma jaqueta que eu não usava fazia tempo, puta cheiro de armário. Espirrei mais. Tirei e joguei no cesto, saco de armário cheio de mofo do caralho. Desci correndo, tranquei o portao. Olhei meu carro. "Hmmm, que estranho. Não tinha que ter uma roda, um penu e uma calota ali? Que esquisito, meu carro nunca ficou apoiado no chão desse jeito." Roubaram o pneu de trás do meu carro. Algum filho da puta desgraçado lazarento roubou minha roda. Bom, ainda bem que do outro lado da rua da minha casa tem uma borracharia. Fui lá, deixei a chave. Aproveitei pra passar na pet shop pra comprar ração pros cães. Esse mês eles vão comer comida de pobre, Pedigree. Não posso gastar cem reais nem fodendo. Levei o saco de ração pra casa, desci a rua até o ponto de táxi. Passei no BankBostonDeMerda, depositei o dinheiro que milagrosamente resistiu por cinco dias na minha carteira e vim pro estúdio. Liguei o equipamento e antes de começar a trabalhar, dei uma passadinha no meu fotolog. Tava lendo os comentários. Tá, tá, tá. Ahn? "Uma pena que o Butchers acabou." Hmmmm. De novo. "Uma pena que o Butchers acabou, né?". Né? Uhum. Olhei do lado, nos friends/favourites. No fotolog do Marco, uma foto do butchers. Em um dos da Debbie, foto minha. Hmmmm.
Voltando um mês ou mais atrás. Talvez mais, acho que nem estava mixando o disco do Cansei ainda (a mixagem do Cansei durou um mês exatamente. Assim que a mixagem acabou, eu voltei a trabalhar aqui, mais ou menos três semanas atrás).
Meu celular toca. Era o André Barcinski convidando o Butchers e o Cansei pra tocar no Campari Rock. Pô, legal, Barcinski. Eu vou ligar para o pessoal pra ver se eles podem nessa data (12 de agosto o Cansei e 13 de agosto o Butchers). Te ligo assim que confirmar. O cachê é quanto? Legal. Topo, claro. A primeira coisa que eu foi ligar pro Marco. Má, vamos tocar no Campari Rock dia 13 de agosto, com x de cachê, puta estrutura, abrindo pro MC5? Ducaralho, né? Posso confirmar? Beleza! Vou ligar pro Jonas então. Liguei pro Jonas, tudo ok. Alô, Barcinski, pode fechar aí, ok? Bem legal! Tá. Pronto.
O tempo corre. Um dia, Marco me liga, todo emocionado. Pô Dri, minha turnê na gringa rolou, vou viajar dia 29 de julho... Vem se despedir de mim, vamos nos ver, vamos marcar um show de despedida. Ah, Má, que ducaralho! Parabéns! Fico orgulhoso! Não fique nervoso, vai dar tudo certo!
Sim, eu sou uma anta. Na hora eu não me liguei se ele tinha se esquecido (ou não, o que é pior) do Campari Rock. Sorte que no mesmo dia, mais tarde, eu estava conversando com a Lovefoxxx e comentei da viagem de Marco. É, Love, dia 29 ele vai. Legal, né? 29 de agosto?, perguntou ela. Não, de julho, eu disse. Mas e o Campari Rock? Hoje eu tava fechando a arte do cartaz, vocês vao tocar no dia 13 de agosto, não? Vissssshhhhhh.
No dia seguinte liguei pro Marco. Pô, Má. E o Campari Rock?
Desmarca lá, ouvi.
Bom, o Marco sempre foi muito folgado. Todo mundo sabe que ele é folgado. Até ele mesmo sabe que ele é folgado. Acho que ninguém nunca deve ter falado isso pra ele, afinal todo mundo faz sala e prefere não fazer mal estar, mas nem precisa. Folgado. Desmarca lá você, porra. Você que marcou sua tour na data desse show.
Preciso dizer se ele desmarcou? Claro que não. Um dia o Barcinski me liga puto, dizendo que ficou sabendo que o Marco não ia estar no Brasil na data do show. Me desculpe, Barcinski. O Marco é assim mesmo.
E o mais legal foi que o Marco continuou agindo como se nada tivesse acontecido. Como ele sempre fez. Fazendo a louca. E por preguiça, eu fui fazendo a louca também. Domingo passado ia ter um show na verdurada. "Maior esquema, meu" disse um Marquinho animadíssimo. "Puta preguiça, mew" pensou um Adriano desanimadíssimo. Cansei. As coisas que ele marca, ele faz. As coisas que eu marco que se fodam. Caguei. No sábado, ele liga. "Ae, leva uma guitarra pra mim que eu vendi a minha. E liga pro Jonas e manda ele não atrasar." Uhum, claro. Liga você, seu folgado. Sabe o que é isso? É você deixar a pessoa agir assim uma, duas cinco, mil vezes. Uma hora ela acredita mesmo que ela pode fazer esse tipo de coisa, afinal de contas você só serve pra ser mandado. Se a Debbie aguentou as coisas que ele fez, ela teve as razões dela. Eu nem vou citar as baixarias que ele fez com ela porque isso é problema dos dois. Eu adoro a Debbie, que isso fique claro. Mas eu não sou quenga de malandro. Um dia a gente cansa. Porque nego tem um padrão de folga, a gente acostuma. Mas tem uma hora que a balança pesa e o saco estoura. O fato de estarmos "afastados" nos últimos tempos pra mim não foi tão importante. Aliás, foi isso que fez a banda durar tanto tempo. Sempre passamos temporadas afastados e temporadas próximos, sempre foi assim. Foram coisinhas pequenas e bobas que fizeram transbordar o copo.
Além do descaso com o Campari Rock, tem a história do meu amplificador, que engloba muitas outras pequenezas. O Marco é muito pouco cuidadoso com as coisas que não lhe pertencem. Ok, eu sou completamente desapegado dessas coisas. Ou melhor, sempre fui. Mas o dia que eu me demiti e precisei vender um amplificador meu pra pagar o aluguel e dependi do Marco pra devolver esse amplificador, eu azedei. "Alô, Marco. Tudo bem? Então, eu vou passar aí pra pegar meu ampli, ok?" "Ah, acho que tá no Iuiú." Pode ver pra mim onde está? "Tá, ja te ligo". Uma semana depois. "Marco, e meu amplificador?" "Ah, tá no Clayton." Por coincidência eu tava indo no Clayton gravar naquele dia. "Aí, Clayton, meu ampli tá aqui?" Nem. "Marco, cade meu ampli?" "Ah, lembrei! Tá no Ian. Ele levou pra Itanhaém!" Como assim, meu filho? O que meu amplificador foi fazer em itanhaém? Moral da história: já se vão três meses ou mais e nada do meu amplificador. Nada. Sumiu. História assim tem várias. De gravadorezinhos a microfones a cachês de show e cds da banda. Eu nunca liguei porque eu sou um débil mental com dinheiro e bens materiais. Só fui ligar na hora que eu realmente precisava do dinheiro e o cara não esteve nem aí pro meu problema. Sim, o Marco é um folgado irresponsável. A culpa é minha também, deixei ele se esparramar até não ter volta. Agora, se ele pensa que eu acredito que ele não saiba de tudo isso e que ele agiu por inocência, por favor, conta pro boneco. Ele não é burro, ele mesmo assume esse modus operandi. Na tour da Europa eu fiquei uma semana sem olhar na cara dele porque ele começou a me tratar que nem patrão escroto trata a faxineira coitada. Eu fiquei cuidando das finanças da tour e ele deu piti porque queria porque queria a parte dele do dinheiro e eu, calma, daqui a duas semanas a gente tem que dar mil e nao sei quantos euros pro Beatman. Ele deu um chilique, gritou, me tratou que nem empregadinha, essa grana é minha, não quero nem saber, eu vou pegar, quem você pensa que é pra não me dar meu dinheiro e o escambau. Entreguei a pasta das finanças pra ele e disse, cuida disso vc então, seu mané. Se der alguma coisa errada, eu pego o viãozinho e volto pra minha casa. Moral da história: ficamos sem cuidar das finanças por alguns dias. Na semana seguinte, tive que recolher todo o dinheiro de volta pra pagar o Beatman. E ainda tive que por cem euros do meu dinheiro. Coisas desse tipo eu podia citar e citar e citar e escrever um livro inteiro a respeito. Mas não. Não é questão de lavar roupa suja, é questão de jogar roupa velha fora. Eu cansei. Cansei. Já sei bem o que ele vai falar de mim, pode falar mal o quanto quiser. Não tô nem aí.
No fim, ele disse que já tava marcando essa tour dele há muito tempo, antes do show do Campari. Se ele sabia da tour, por que deixou eu marcar o Campari? Eu sei. Porque ele é incapaz de fazer uma agenda, sempre teve alguém pra marcar pra ele e avisar os compromissos com antecedência, ir buscar ele de carro e levar de volta depois. E ainda é prepotente e orgulhoso demais pra assumir isso. E quando vê que fez cagada, ao invés de se desculpar, faz mal estar.
Eu podia por panos quentes nisso tudo, como sempre fiz, esperar ele voltar dos estados unidos, compor mais um disco, gravar, ir pra europa fazer outra tour. Mas eu cansei.
E é por essas e outras que o Butchers acabou. Foi tudo muito bom, os discos estão lá pra quem quiser ouvir. É só roque, eu acho.
Anteontem Gabi Sampaio foi em casa cozinhar. Como é bom ter amigos chefs. Risoto de brie com pêra e risoto de gorgonzola com damasco. Sim, um strike, fui dormir explodindo. Pesadelos, sonhei de novo com aquela maldita casa imensa que eu sempre sonho cheia de cômodos e escadas, acho que tem um pouco a ver com o Madre Alix. Sei lá, dessa vez passei por cômodos novos. Bom, acordei atrasado. Tinha que ir no Bank Boston pra depositar o dinheiro que estão me cobrando há meses, me mandam telegramas todos os dias. Já nem abro, vão direto pro lixo. Devo não nego, pago quando puder. Tomei banho, puta frio, tive aquela crise de rinite rápida. Tive crises de consciência e pensei em voltar pra academia mas não, não vou mais dar dinheiro pra academia filadaputa nenhuma. Fui me trocar, peguei uma jaqueta que eu não usava fazia tempo, puta cheiro de armário. Espirrei mais. Tirei e joguei no cesto, saco de armário cheio de mofo do caralho. Desci correndo, tranquei o portao. Olhei meu carro. "Hmmm, que estranho. Não tinha que ter uma roda, um penu e uma calota ali? Que esquisito, meu carro nunca ficou apoiado no chão desse jeito." Roubaram o pneu de trás do meu carro. Algum filho da puta desgraçado lazarento roubou minha roda. Bom, ainda bem que do outro lado da rua da minha casa tem uma borracharia. Fui lá, deixei a chave. Aproveitei pra passar na pet shop pra comprar ração pros cães. Esse mês eles vão comer comida de pobre, Pedigree. Não posso gastar cem reais nem fodendo. Levei o saco de ração pra casa, desci a rua até o ponto de táxi. Passei no BankBostonDeMerda, depositei o dinheiro que milagrosamente resistiu por cinco dias na minha carteira e vim pro estúdio. Liguei o equipamento e antes de começar a trabalhar, dei uma passadinha no meu fotolog. Tava lendo os comentários. Tá, tá, tá. Ahn? "Uma pena que o Butchers acabou." Hmmmm. De novo. "Uma pena que o Butchers acabou, né?". Né? Uhum. Olhei do lado, nos friends/favourites. No fotolog do Marco, uma foto do butchers. Em um dos da Debbie, foto minha. Hmmmm.
Voltando um mês ou mais atrás. Talvez mais, acho que nem estava mixando o disco do Cansei ainda (a mixagem do Cansei durou um mês exatamente. Assim que a mixagem acabou, eu voltei a trabalhar aqui, mais ou menos três semanas atrás).
Meu celular toca. Era o André Barcinski convidando o Butchers e o Cansei pra tocar no Campari Rock. Pô, legal, Barcinski. Eu vou ligar para o pessoal pra ver se eles podem nessa data (12 de agosto o Cansei e 13 de agosto o Butchers). Te ligo assim que confirmar. O cachê é quanto? Legal. Topo, claro. A primeira coisa que eu foi ligar pro Marco. Má, vamos tocar no Campari Rock dia 13 de agosto, com x de cachê, puta estrutura, abrindo pro MC5? Ducaralho, né? Posso confirmar? Beleza! Vou ligar pro Jonas então. Liguei pro Jonas, tudo ok. Alô, Barcinski, pode fechar aí, ok? Bem legal! Tá. Pronto.
O tempo corre. Um dia, Marco me liga, todo emocionado. Pô Dri, minha turnê na gringa rolou, vou viajar dia 29 de julho... Vem se despedir de mim, vamos nos ver, vamos marcar um show de despedida. Ah, Má, que ducaralho! Parabéns! Fico orgulhoso! Não fique nervoso, vai dar tudo certo!
Sim, eu sou uma anta. Na hora eu não me liguei se ele tinha se esquecido (ou não, o que é pior) do Campari Rock. Sorte que no mesmo dia, mais tarde, eu estava conversando com a Lovefoxxx e comentei da viagem de Marco. É, Love, dia 29 ele vai. Legal, né? 29 de agosto?, perguntou ela. Não, de julho, eu disse. Mas e o Campari Rock? Hoje eu tava fechando a arte do cartaz, vocês vao tocar no dia 13 de agosto, não? Vissssshhhhhh.
No dia seguinte liguei pro Marco. Pô, Má. E o Campari Rock?
Desmarca lá, ouvi.
Bom, o Marco sempre foi muito folgado. Todo mundo sabe que ele é folgado. Até ele mesmo sabe que ele é folgado. Acho que ninguém nunca deve ter falado isso pra ele, afinal todo mundo faz sala e prefere não fazer mal estar, mas nem precisa. Folgado. Desmarca lá você, porra. Você que marcou sua tour na data desse show.
Preciso dizer se ele desmarcou? Claro que não. Um dia o Barcinski me liga puto, dizendo que ficou sabendo que o Marco não ia estar no Brasil na data do show. Me desculpe, Barcinski. O Marco é assim mesmo.
E o mais legal foi que o Marco continuou agindo como se nada tivesse acontecido. Como ele sempre fez. Fazendo a louca. E por preguiça, eu fui fazendo a louca também. Domingo passado ia ter um show na verdurada. "Maior esquema, meu" disse um Marquinho animadíssimo. "Puta preguiça, mew" pensou um Adriano desanimadíssimo. Cansei. As coisas que ele marca, ele faz. As coisas que eu marco que se fodam. Caguei. No sábado, ele liga. "Ae, leva uma guitarra pra mim que eu vendi a minha. E liga pro Jonas e manda ele não atrasar." Uhum, claro. Liga você, seu folgado. Sabe o que é isso? É você deixar a pessoa agir assim uma, duas cinco, mil vezes. Uma hora ela acredita mesmo que ela pode fazer esse tipo de coisa, afinal de contas você só serve pra ser mandado. Se a Debbie aguentou as coisas que ele fez, ela teve as razões dela. Eu nem vou citar as baixarias que ele fez com ela porque isso é problema dos dois. Eu adoro a Debbie, que isso fique claro. Mas eu não sou quenga de malandro. Um dia a gente cansa. Porque nego tem um padrão de folga, a gente acostuma. Mas tem uma hora que a balança pesa e o saco estoura. O fato de estarmos "afastados" nos últimos tempos pra mim não foi tão importante. Aliás, foi isso que fez a banda durar tanto tempo. Sempre passamos temporadas afastados e temporadas próximos, sempre foi assim. Foram coisinhas pequenas e bobas que fizeram transbordar o copo.
Além do descaso com o Campari Rock, tem a história do meu amplificador, que engloba muitas outras pequenezas. O Marco é muito pouco cuidadoso com as coisas que não lhe pertencem. Ok, eu sou completamente desapegado dessas coisas. Ou melhor, sempre fui. Mas o dia que eu me demiti e precisei vender um amplificador meu pra pagar o aluguel e dependi do Marco pra devolver esse amplificador, eu azedei. "Alô, Marco. Tudo bem? Então, eu vou passar aí pra pegar meu ampli, ok?" "Ah, acho que tá no Iuiú." Pode ver pra mim onde está? "Tá, ja te ligo". Uma semana depois. "Marco, e meu amplificador?" "Ah, tá no Clayton." Por coincidência eu tava indo no Clayton gravar naquele dia. "Aí, Clayton, meu ampli tá aqui?" Nem. "Marco, cade meu ampli?" "Ah, lembrei! Tá no Ian. Ele levou pra Itanhaém!" Como assim, meu filho? O que meu amplificador foi fazer em itanhaém? Moral da história: já se vão três meses ou mais e nada do meu amplificador. Nada. Sumiu. História assim tem várias. De gravadorezinhos a microfones a cachês de show e cds da banda. Eu nunca liguei porque eu sou um débil mental com dinheiro e bens materiais. Só fui ligar na hora que eu realmente precisava do dinheiro e o cara não esteve nem aí pro meu problema. Sim, o Marco é um folgado irresponsável. A culpa é minha também, deixei ele se esparramar até não ter volta. Agora, se ele pensa que eu acredito que ele não saiba de tudo isso e que ele agiu por inocência, por favor, conta pro boneco. Ele não é burro, ele mesmo assume esse modus operandi. Na tour da Europa eu fiquei uma semana sem olhar na cara dele porque ele começou a me tratar que nem patrão escroto trata a faxineira coitada. Eu fiquei cuidando das finanças da tour e ele deu piti porque queria porque queria a parte dele do dinheiro e eu, calma, daqui a duas semanas a gente tem que dar mil e nao sei quantos euros pro Beatman. Ele deu um chilique, gritou, me tratou que nem empregadinha, essa grana é minha, não quero nem saber, eu vou pegar, quem você pensa que é pra não me dar meu dinheiro e o escambau. Entreguei a pasta das finanças pra ele e disse, cuida disso vc então, seu mané. Se der alguma coisa errada, eu pego o viãozinho e volto pra minha casa. Moral da história: ficamos sem cuidar das finanças por alguns dias. Na semana seguinte, tive que recolher todo o dinheiro de volta pra pagar o Beatman. E ainda tive que por cem euros do meu dinheiro. Coisas desse tipo eu podia citar e citar e citar e escrever um livro inteiro a respeito. Mas não. Não é questão de lavar roupa suja, é questão de jogar roupa velha fora. Eu cansei. Cansei. Já sei bem o que ele vai falar de mim, pode falar mal o quanto quiser. Não tô nem aí.
No fim, ele disse que já tava marcando essa tour dele há muito tempo, antes do show do Campari. Se ele sabia da tour, por que deixou eu marcar o Campari? Eu sei. Porque ele é incapaz de fazer uma agenda, sempre teve alguém pra marcar pra ele e avisar os compromissos com antecedência, ir buscar ele de carro e levar de volta depois. E ainda é prepotente e orgulhoso demais pra assumir isso. E quando vê que fez cagada, ao invés de se desculpar, faz mal estar.
Eu podia por panos quentes nisso tudo, como sempre fiz, esperar ele voltar dos estados unidos, compor mais um disco, gravar, ir pra europa fazer outra tour. Mas eu cansei.
E é por essas e outras que o Butchers acabou. Foi tudo muito bom, os discos estão lá pra quem quiser ouvir. É só roque, eu acho.
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