Leu porque quis, não me encha o saco.

sexta-feira, setembro 30, 2005

So long sitting here, didn't hear the warning.
Waiting for the tape to run.
We've been moving around in different situations, knowing that the time would come.
Just to see you torn apart, witness to your empty heart.
I need it. I need it. I need it.
Through the wire screen, the eyes of those standing outside looked in
at her as into the cage of some rare creature in a zoo.
In the hand of one of the assistants she saw the same instrument
which they had that morning inserted deep into her body. She shuddered
instinctively. No life at all in the house of dolls.
No love lost. No love lost.
You've been seeing things, in darkness, not in learning,
hoping that the truth will pass.
No life underground, wasting never changing,
wishing that this day won't last.
To never see you show your age, to watch until the beauty fades,
I need it. I need it. I need it.
Two-way mirror in the hall, they like to watch everything you do,
transmitters hidden in the walls, so they know everything you say is true.
Turn it on.
Don't turn it on.
Turn it on.

quarta-feira, setembro 14, 2005

Ai.
Assim, só ai. Pronto, passou. Hoje passei o dia baixando músicas do Detroit Cobras. É bigode mas eu gosto, amanhã eu vou discotecar no Milo e vou tocar um monte. Aliás, vou discotecar não, já montei um playlist de duas horas e pus pra mixar a cada doze segundos do fim dos arquivos, ou seja, dane-se. Vamos aproveitar a tecnologia. Ai. Hmpf. E hoje eu fiz ginástica e trabalhei e estou esperando a carona pra ir embora pra casa. Ontem ligaram a Sky lá, fiquei assistindo Law&Order e depois novela e depois cozinhei e lavei tudo ouvindo Teenage Wildllife do Scary Monsters do David Bowie no repeat. E nessa música tem o Pete Townshend e daí eu acabei de lembrar que quero baixar o Who'sNext que tem Love ain't for keeping, ai. Tá, pronto. Passou de novo. E eu penso que se o o Pete Townshend tivesse chutado o Roger Daltrey da banda nos anos setenta tudo teria sido mais fácil, imagine, sem Tommy, Jesus Christ Superstar? Tá. Vou ser jurado de morte pelos cabelinhos. Saco. My name is Ivor, I'm an engine driver. Essa música é foda, foda, foda. Aliás, até hoje eu acho que o melhor do Rock'n'roll Circus dos Stones é o Who tocando essa música. E daí, não é mesmo minha gente? Bom, mas continuando minha lavagem de louça ao som de Teenage Wildlife. Lembro que eu tava no sítio, ouvindo uma fita com essa música no som mais tosco made in paraguai, mono, quando eu comecei a entender a letra e achei a coisa mais legal do mundo, ele reclamando que ele não era um pedaço da selvagem vida adolescente. Como assim, tio? O fato é que esse disco é muito foda, essa música é foda e enfim, eu continuo achando o Bowie O cara. Mas tudo isso foi só pra ver se eu parava de falar ai. Ai.

domingo, setembro 11, 2005

Ontem tinha escrito um post imenso. Imenso, imenso, eu estava muito bêbado esperando pra sair, ia na réus, decidi que ia porque ando muito geriátrico ultimamente. Daí que eu tinha acordado as oito e meia da manhã, fui pro sítio com a Carol a Ana e o Daniel pra gente achar um lugar no meio do mato pra fazer o clipe (Dear Michel, don't be jealous). Fazia um calor de oitenta graus em Bragança Paulista, um sol cangaceiro, claro que eu nem pensei e fui de calça e camiseta preta e caminhar horas pelos pastos pulando cercas de arame farpado e achando que a qualquer momento os mini bois do meu pai iam correr atrás de nós não foi a experiência mais confortável do mundo. Mas enfim. Chegamos de volta em São Paulo às quatro da tarde, fizemos supermercado. Comprei Jagermeister e cerveja. Daí já viu. As meninas cozinharam, eu fiz música, bebemos. Montei o show do desfile que vai ser terça e eu nem vou... Sentei aqui e comecei a escrever. Blábláblá, blábláblá. Conversa no msn, põe foto no fotolog. De repente quase caiu um balão aqui no quintal. Bom, eu achei que fosse isso, foi um show de luzes e explosões que eu nunca tinha visto. Daí eu fiquei achando tudo aquilo muito louco, pus os cachorros pra dentro e fui pro meu quarto ler, com medo dos baloeiros pularem no quintal pra pegar a porcaria. Dona Edna, minha vizinha, fez uma movimentação esquisita, esperei um pouco pra ver se eu ia ter que chamar os bombeiros ou a polícia ou requisitar ajuda divina, mas uma certa hora depois tudo ficou calmo. Soltei os cachorros. Yoko ficava olhando pra cima da laje, subi pra ver se tinha alguma coisa lá mas não. Fui dormir. Sou velho.

terça-feira, setembro 06, 2005

Ontem fui na casa de meu pai à noite. Fazia muito tempo que eu não via minha avó, tinha uma pilha de cartas lá para eu pegar (um calhamaço só de multas, saco) e no fim eu estava sozinho em casa e tem sido esquisito ficar sozinho. Tenho gostando muito de ficar sozinho, muito demais pro meu gosto. E entre ficar mais um dia sozinho em casa e ir ver minha avó, optei pela segunda alternativa. Meu pai vendeu o apartamento e eles vão se mudar semana que vem. Muito estranho pensar que um dia vou passar pela rua que eu sempre conseiderei minha rua e pensar que não é mais minha, Mesmo não morando mais lá há anos aquela rua continuava minha. Foi por ela que eu cambaleei bêbado incontáveis vezes no caminho do estacionamento até meu quarto, foi por ela que eu andei o dia que meu avô morreu, depois o dia que minha mãe morreu. Era por ela que eu descia a pé até o centro quando eu estava desempregado, era nela que ficava a banca onde eu comprava cigarros todo dia de manhã escondido pra fumar no caminho da escola. Lembro quando eu voltei de Nova Iórque e fiquei horrorizado com a feiúra da minha rua, mas logo passou. E ontem minha irmã falou que vai ser bom mudar de ares. Sim, não gostaria de ter continuado morando lá depois da morte da minha mãe. Mas custava ter comprado um apartamento na mesma rua? Saco. Ok. E o apartamento novo é metade do antigo e ontem eu fiquei sabendo que minha irmã está distribuindo entre as pessoas tudo o que não vai caber na casa nova dela. Então eu tratei de pegar algumas coisas que eu inventei de ter apego emocional, como um conjunto de pratos que quando eu era pequeno eram usados em dias de festa. Um utensílio doméstico de fazer capuccino que minha mãe trouxe da Itália. Bom, foi praticamente isso que eu consegui barganhar na festa do fiquei louca estou dando tudo para mudar de ares. Meus padrinhos estavam lá e meu pai e minha irmã foram comer pizza com eles Eu fiquei com minha avó. Consertei a lupa que ela usa pra fazer palavras cruzadas, colei com fita dupla face e ficou praticamente nova. Peguei algumas coisas do meu armário, preciso pegar o resto antes que minha irmã comece a dar minhas coisas. Ela até perguntou se ela podia mexer, já imaginei ela dando meu Ferrorama pro sobrinho do namorado dela. Que raiva. O interfone tocou... era Ariane, amiga de minha irmã, que "veio ver um sofá". Qual sofá? "Um, meio cru." Minha avó reclamou "Vai levar o meu sofá?" Meu coração partiu. O sofá mais bonito da casa, que minha mãe mandou fazer um domingo que nós fomos lá no LarCenter. Ela escolheu o tecido, ficou toda feliz com sofá. Tem o encosto alto, era onde ela passava os domingos vendo filme na tv. Como assim ela vai dar o sofá? Meu deus. Pensei em ligar pra ela pra reclamar e falar que não, aquele sofá não. Mas eu não participo mais dessa casa. Faz o que quiser. Fico muito triste por minha avó mas decidi não me apegar a essas coisas materiais. Minha irmã que está certa no fim. Acho.