Leu porque quis, não me encha o saco.
quinta-feira, fevereiro 24, 2005
Fui pro Rio no fim de semana. Como sempre, fiquei com vontade de morar lá mas me convenceram que se eu morasse lá eu ia odiar... novidade. Daí encontrei uma amiga minha que falou que sempre lê meu blog e eu fiquei com um pouco de saudades de escrever aqui, faz muito tempo que não escrevo. E agora com o advento do Speedy aqui em casa e com meu atual estado de desemprego compulsivo, fica mais fácil. Pois é, me demiti. De novo. Bem que eu tentei ir lá trabalhar. Consegui por mais de um ano. E foi aquela coisa dos infernos, nunca tinha hora pra sair, nunca sabia se ia ter que trabalhar no fim de semana, pra tirar férias foi um pouco complicado, tive que convencer que eu tinha o direito de sair por um mês SIM, não me pagaram as férias, tá. Não vou reclamar do meu ex emprego por mais que eu tenha vontade. Foi bom. Ganhei dinheiro de um jeito que eu provavelmente não vá mais ganhar. Comprei muito equipamento. Engordei doze quilos. Que vieram com o advento do judaísmo na minha história pessoal, o que não vem ao caso. Blábláblá. Quer virar hétero? Pergunte-me como. Tá. Bem, continuando. Me demiti. Ufa. Chegou num ponto que eu tive que escolher: ou eu levava pra frente minhas bandas ou virava publicitário. Não foi muito difícil escolher. Ainda mais depois da turnê do Butchers pela Europa em novembro do ano passado. Um mês viajando, tocando TODOS os dias. É ISSO que eu quero fazer da minha vida. Não ficar trancado num estúdio SOFRENDO dezoito horas seguidas pra fazer o efeito da bola de basquete do Toni Tigre da Kellogs. Nem a pau. Pau no cu do Toni Tigre, nada pessoal. Mas sinceramente, eu tenho coisa mais importante pra fazer. Ok. Sendo um pouco menos específico, até porque o Toni Tigre foi a última gota que fez transbordar o copinho de café da minha paciência. Como eu ia poder ficar lá fazendo coisas que eu não tinha o menor interesse depois de tocar em Ljubljana? Como ficar trancado naquela sala sem uma vista depois de ir pra Praga? Kortrijk? Viena? Berlim? Deus me livre. Deus me livrãozão. E lá na europa, a cada show que fazíamos, ia crescendo um sentimento de incompatibilidade que me tirava o sono. Como autenticar o que eu estava fazendo se dali há algumas semanas eu ia ter que voltar a fazer música pra vender coisas que ninguém precisa? Sendo que o tempo gasto com essas duas coisas era inversamente proporcional. Eu hein.
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